Florianópolis
Nos últimos tempos nenhuma cidade emplacou com tanta força no imaginário nacional quanto Florianópolis.
A combinação do número cabalístico "42 praias” com a expressão mágica "qualidade de vida” faz de Floripa um destino desejado tanto para passar férias quanto para viver. Auto-estradas, túneis e viadutos têm sido construídos para acomodar o crescimento da cidade, que segue atraindo migrantes de alta escolaridade e poder aquisitivo.
É uma cidade exemplar na acomodação de diferenças: aprendeu a receber os hermanos argentinos, convive com uma babel de sotaques dos próprios moradores e é simpática ao público LGBT (que acorre em massa no verão e no carnaval). O orgulho manezinho, porém, nunca esteve tão em alta: Floripa já sabe o seu valor.
A transformação da capital sonolenta de antigamente na moderna metrópole de hoje não afetou a diversidade da ilha. Vilarejos açorianos, colônias de pescadores, praias selvagens e matas preservadas continuam onde sempre estiveram, a poucos minutos do centro da cidade — ou a muitos minutos do centro da cidade, se você vem nas engarrafadíssimas férias de verão.
Escolha Florianópolis por tudo que a cidade tem, mas leve em conta o que a cidade não tem. Você não vai encontrar em Floripa um calçadão na praia com barzinhos enfileirados, como em outras capitais litorâneas. É uma cidade carente de atrativos culturais -- se não der praia ou estiver muito frio para atividades na natureza, você vai acabar se refugiando em restaurantes ou nos shoppings. E se você vier com crianças e o Beto Carrero World estiver na sua programação, vai por mim: considere ao menos um ou dois pernoites em Balneário Camboriú.
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