Havana é, sem dúvidas, um dos lugares
mais peculiares para se conhecer no mundo. Esqueça internet no celular,
edifícios envidraçados, fast foods, marcas famosas e todas as outras
“regalias” da vida capitalista. Deixe-se cativar pelo modo de vida
simples e singular, descobrindo devagar toda a história que guarda esse
patrimônio da humanidade.
Cuba ainda é um país pouco tocado pelo
capitalismo. Já é possível encontrar Coca-Cola em alguns restaurantes,
mas isso não significa que o tempo passe rápido para quem vive a
realidade de uma ditadura. Em Habana Vieja, a parte antiga da capital, o
relógio não faz questão de girar. Falta estrutura, é verdade, mas nada
tira o charme dos edifícios antigos por pintar e suas varandas
desafiando a engenharia do tempo.
Há quem diga que o país é pobre, mas, se
for de espírito, garantimos: pobreza não há. Os cubanos são alegres e
cultos; basta saberem que um irmão brasileiro visita suas terras para
abrirem um largo sorriso e comentarem com entusiasmo sobre nossas
novelas. Nas ruas movimentadas e confusas, carros – verdadeiras
antiguidades – se misturam a bicicletas com passageiros, pessoas
caminhando e crianças brincando. Aliás, amantes de carros antigos não
poderiam encontrar melhor lugar senão Cuba.
Não deixe de caminhar pelo Paseo del
Prado, observando cada detalhe até chegar ao Capitólio. À tarde,
experimente espantar o calor tropical com um sorvete na Coppelia, e no
final do dia vá direto ao Malecón – o pôr do sol no calçadão que se
estende por vários quilômetros em frente ao mar é dos programas singelos
mais espetaculares da ilha.
Conhecer Havana é deixar para trás
preconceitos e mergulhar na história de um povo que viveu e ainda vive
as consequências de sua revolução; é desmistificar um país de contrastes
e problemas, que caminha devagar para alcançar mudanças. Fidel e Che
são figuras estampadas nas ruas e na mente de um povo que preza pela
tradição e vive ao som da salsa e dos jogos de beisebol.
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