quinta-feira, 25 de abril de 2019

Bento Gonçalves, principal região vinícula do Brasil


Na principal região vinícola do Brasil, Bento Gonçalves tem roteiros que combinam enoturismo, história, gastronomia e experiências exclusivas do período da vindima, que provam que a Serra Gaúcha não é um destino só de inverno.
Considerada a capital nacional do vinho, a cidade de Bento Gonçalves, no Rio Grande do Sul, recebeu mais de um milhão de turistas no ano passado. O enoturismo é o principal atrativo do destino, mas não a única opção: Bento tem cinco roteiros turísticos muito bem estruturados, que envolvem também história, mesas fartas e a vida no campo. Muito mais do que conhecer vinícolas e provar vinhos, visitar essa parte da Serra Gaúcha é embarcar em uma viagem pelas heranças culturais dos imigrantes que fizeram esse destino ser o que ele é hoje.
Foto por Patrícia Chemin
A tradição de cultivar uvas na região começou no século XIX com os primeiros colonos italianos, que produziam vinho para consumo próprio. A tradição atravessou gerações, tanto que muitas vinícolas continuam administradas pelas mesmas famílias. Hoje, a Serra Gaúcha concentra 85% da produção nacional de vinhos, com quase 30 mil hectares de área cultivada e um destaque especial para os espumantes, cuja qualidade é reconhecida internacionalmente.
Vinícolas: passeios e degustações
Uma viagem para Bento Gonçalves tem a seguinte garantia: você vai beber e comer muito bem. Nessa linha, nada é mais icônico do que visitar as vinícolas da região – há dezenas delas para escolher. Entre as de grande porte estão nomes famosos, como Aurora e Salton, esta localizada no Distrito de Tuiuty.
Foto por Patrícia Chemin
Com mais de 100 anos de história, a Salton encanta os visitantes logo na chegada, quando se deparam com uma imponente construção e um belo jardim. No tour, conheça o processo de produção do vinho e explore o labirinto das caves subterrâneas, um ambiente todo especial guardado por estátuas de anjos e envolvido por cantos gregorianos. Ao final, uma degustação aguarda os visitantes.
Já as vinícolas menores têm investido cada vez mais em experiências únicas. Os proprietários – geralmente membros de uma mesma família – estão diretamente envolvidos no dia a dia da vinícola e fazem questão de receber os visitantes.
No Distrito de Faria Lemos, a Cristofoli proporciona vários tours únicos, como passeios guiados pelos parreirais com degustação de espumantes com vista para a serra. Há também almoços e jantares harmonizados e um romântico piquenique privativo, o único do tipo na Serra Gaúcha, feito em um edredom estendido sob a sombra dos parreirais.
Além de visitar os vinhedos, na Cainelli, vinícola localizada em Tuiuty, é possível fazer jantares harmonizados e cursos de degustação, que acontecem no porão da antiga casa da família, erguida em 1929 com uma estrutura de pedras basálticas. No andar superior, existe um museu que recria como eram as casas da época, com móveis e objetos originais dos primeiros imigrantes da região.
Verão com experiências da vindima
A Serra Gaúcha é sempre lembrada como um destino de inverno, mas a mais importante época do ano para as vinícolas é o verão. Quando as videiras estão carregadas de uvas suculentas, entre os meses de janeiro e março, é a estação da vindima, período de colheita da fruta. Em 2018, a temporada oficial em Bento Gonçalves vai até 18 de março.
Foto por Patrícia Chemin
Quem visita o destino nessa época pode participar de atividades especiais em várias vinícolas, como a pisa das uvas e a própria colheita. O Grupo Giordani, empresa referência no turismo da Região Uva e Vinho, organiza o roteiro “Fascínios da Vindima”, que propõe uma imersão na cultura do vinho e das vinícolas familiares, com um toque de história dos imigrantes.
Tudo começa na Vinícola Cainelli, onde acontece a maior experiência típica. Equipados com chapéus e cestos de palha, os visitantes seguem para o parreiral para a colheita das uvas, que é acompanhada por um grupo que entoa e toca as antigas canções italianas da época dos colonos. Depois, parada para um saboroso “merendin” entre as videiras, um lanche tradicional reforçado com polenta, salame, queijo, pão, torta tirolesa e, é claro, vinho e suco de uva.
Foto por Patrícia Chemin
Um “tuque-tuque” (veículo agrícola) leva os visitantes para a pisa das uvas – as mesmas que eles acabaram de colher. Não tenha receio de sujar os pés – além de ser muito divertido, é também relaxante. Em seguida, o grupo segue para visita e curso de harmonização de vinhos com queijos e chocolates na Salton.
Guarde um espaço para o almoço típico italiano na Cristofoli, servido em meio às antigas pipas de vinho. O menu completo, que envolve ingredientes da região e pratos como massa fresca e polenta mole, é acompanhado por vinhos e espumantes da vinícola.
Um passeio pelo Vale dos Vinhedos
A maior parte das vinícolas de Bento Gonçalves está no Vale dos Vinhedos, que guarda 70 km² de belas paisagens de extensos parreirais. Os vinhos produzidos por lá são os únicos no Brasil com a Denominação de Origem, que conferem a identidade do local e a excelência de seu terroir.
Nessa rota turística, há mais de 30 vinícolas, além de pequenas propriedades rurais e familiares, restaurantes de culinária típica – como o Giordani Gastronomia Cultural –, pousadas, hotéis e lojas de artesanato e de delícias como queijos e doces. É só seguir a estrada e fazer paradas em cada empreendimento.
Foto por Patrícia Chemin
No Vale dos Vinhedos está a sede da Miolo, maior produtora de vinhos finos do Brasil. Quem visita a vinícola pode conhecer as caves e os parreirais e fazer um curso de degustação. Além disso, no tour “Vindima no Vale” do Grupo Giordani Turismo, acontece a pisa das uvas e um tradicional merendin na Miolo durante a época da colheita.
Foto por Patrícia Chemin
Outro lugar de destaque no Vale dos Vinhedos é o Spa do Vinho, luxuoso hotel do grupo Marriott. Cercado por parreirais próprios, foi concebido para se integrar à região e possui a maior adega de vinhos do Brasil em um hotel. Ideal para quem busca experiências únicas, tem em sua estrutura, além do Spa, o elegante Restaurante Leopoldina, piscina e terraço com vista panorâmica para os vinhedos.
Vinho e nostalgia sobre trilhos
Mais conhecida como “trem do vinho”, a Maria Fumaça da Serra Gaúcha é uma das atrações mais queridas e populares da região. Os passageiros embarcam em um nostálgico passeio por lindas paisagens ao longo de 23 km entre Bento Gonçalves e as cidades vizinhas de Garibaldi e Carlos Barbosa. Em cada estação, é feita uma parada para tomar vinho e suco de uva, ao som de música italiana.
Foto por Divulgação / ALESI DITADI
A novidade para 2018 é o L’Essenza del Vino, passeio especial que acontece no último vagão do trem e inclui um mini curso sobre um tema do mundo dos vinhos, com degustação de alguns rótulos e harmonização com produtos locais.
Foto por ALESI DITADI
O ingresso para o passeio de Maria Fumaça inclui visita ao parque temático Epopeia Italiana, uma experiência imersiva e emocionante que mostra toda a jornada dos imigrantes que chegaram à Serra Gaúcha há 140 anos.
Herança italiana nos Caminhos de Pedra
De 1875 a 1914, o Rio Grande do Sul recebeu cerca de 80 mil italianos, que receberam do governo lotes na serra. Com recursos escassos, os primeiros imigrantes tiveram que construir suas casas com as pedras basálticas encontradas na região. As paredes foram erguidas apenas com as pedras encaixadas, sem cimento ou algo do tipo.
Foto por Patrícia Chemin
Algumas dessas casas sobreviveram ao tempo e ainda se encontram bem preservadas. Hoje, são propriedades rurais que abrigam de vinícolas a restaurantes, pousadas e outras atrações. Em São Pedro, distrito de Bento Gonçalves, há mais de 20 casas do tipo, que integram o roteiro Caminhos de Pedra ao longo de uma estrada de 12 km. É uma verdadeira viagem ao passado.
Foto por iStock / Samuel Azambuja Kochhan
No caminho, há uma série de placas para indicar as atrações, o que facilita a vida do turista. Cada uma das paradas é preparada para receber os visitantes com passeios e experiências únicas, além de uma contação de histórias para ficar na memória, pois ali mora um povo que tem orgulho de mostrar suas origens.
Uma das casas de pedra mais antigas do roteiro é a da Cantina Strapazzon, pequena vinícola que oferece um tour com degustação de vinhos e produtos coloniais. Original de 1880, a casa foi cenário para várias produções da TV e do cinema, como o premiado filme brasileiro “O Quatrilho”.
Foto por Patrícia Chemin
Outras atrações do Caminhos de Pedra incluem a Casa do Tomate, a Casa da Erva-Mate e o Parque da Ovelha. Nesta última, você pode vivenciar os afazeres de uma fazenda de ovinos, como pastoreio, ordenha, tosquia e amamentação de filhotes de ovelhas, o que encanta tanto crianças quanto adultos.
Para o almoço, não faltam opções. A gastronomia da região de Bento Gonçalves se baseia em refeições muito bem servidas, com fortes influências da cozinha italiana. Pratos típicos incluem sopa de capeletti, tortéi (massa com recheio de abóbora) e outras massas frescas, galeto assado na brasa, polenta mole e, de sobremesa, sagu de vinho.
Foto por Patrícia Chemin
No Restaurante Casa Ângelo, construção que data de 1889, o almoço é um farto rodízio com uma sequência de risotos, massas e carnes. Esse tipo de refeição é bem popular no destino e pode ser encontrada em vários restaurantes.
Como chegar
O Aeroporto de Porto Alegre recebe voos regulares de várias cidades brasileiras, principalmente do Sul e do Sudeste. Depois, siga de carro ou ônibus até Bento Gonçalves, um trajeto de 115 km.
Onde ficar
Hotel Vinocap
Hotel & Spa do Vinho
Hotel Laghetto Viverone Bento
Onde comer
Cobo Wine Bar
Casa Ângelo – Estr. p/ São Pedro, 26, Caminhos de Pedra
Casa DiPaolo
Giordani Gastronomia Cultural
Mais informações em: bento.tur.br e giordaniturismo.com.br
Texto por: Patrícia Chemin. A jornalista viajou a convite do Grupo Giordani Turismo.
Foto destaque por: EMERSON RIBEIRO

quarta-feira, 17 de abril de 2019

Cavernas do Peruaçu, Minas Gerais


Um destino extremamente esplêndido, com cenários que parecem ser de outro mundo, o Parque Nacional Cavernas do Peruaçu está localizado ao norte do estado de Minas Gerais e se trata de um lugar de absoluta fascinação e admiração, principalmente entre pesquisadores, por conta de atrações que datam há milhões de anos, possuem imensa importância histórica e, o que mais surpreende, ainda se encontram muito bem preservadas. Entre algumas das mais curiosas e maravilhosas paisagens que essa importantíssima unidade de conservação abriga estão pinturas rupestres pré-históricas ainda muito estudadas, sítios arqueológicos e, é claro, assim como sugere no nome do Parque, as famosas cavernas de tamanha imponência que deixa qualquer um boquiaberto.



Para explorar a maioria dessas atrações, principalmente cavernas e sítios arqueológicos, a melhor maneira – além de ser a mais prática e, é claro, divertida para conhecer o máximo possível sem perder muito tempo – é através das trilhas, que percorrem os principais cenários do Parque, sem contar que, desta forma, você poderá entrar em contato direto com a natureza, que inclui diferentes biomas (Cerrado e Caatinga) e flora e fauna com espécies em extinção.

Por exemplo, uma das trilhas mais famosas é também a que leva a uma das principais atrações e cartão-postal do Parque, a Gruta do Janelão, uma enorme caverna que abriga a maior estalactite do mundo. Outra trilha imperdível é do Arco do André, um pouco mais desafiadora que a da Gruta do Janelão devido a suas subidas e descidas íngremes, mas que vale muito a pena para admirar as imponentes cavernas e seus mirantes naturais de tirar o fôlego.



Já para quem prefere caminhadas mais leves e que envolvem as curiosas e extraordinárias pinturas rupestres pré-históricas, as trilhas da Lapa dos Desenhos é um passeio que não pode ficar de fora de sua lista, pois é o melhor ponto de todo o Parque Nacional para observar as mais conservadas e diferenciadas pinturas, que estão gravadas em cores ainda totalmente vívidas nas paredes rochosas das cavernas. É um verdadeiro museu a céu aberto!



Para chegar até o Parque Nacional Cavernas do Peruaçu, você pode optar por ônibus ou carro (de qualquer forma, o acesso é muito fácil) a partir da cidade de Januária, que fica apenas a 45 quilômetros de distância; já para quem precisar pegar voo até lá, o aeroporto mais próximo é o de Montes Claros, a 200 quilômetros da entrada do Parque.

terça-feira, 9 de abril de 2019

Linda Ilha de Formentera na Espanha

Formentera é uma das quatro Ilhas Baleares espanholas, assim como Ibiza, Maiorca e Menorca e, por favor, não deixe de ir conhecê-la se estiver na badalada Ibiza (a única forma de chegar lá e a garantia de ilha preservada e nada de turismo em massa).
Você só chega lá de barco (rapidinho!). Vai ter de acordar relativamente cedo, se considerar que Ibiza nunca dorme, mas valerá a pena quando você vir aquele mar do Mediterrâneo cristalino e de águas quentinhas na alta temporada.
Formentera é cheia de celebridades, mas consegue ser tranquila e relaxante, ao mesmo tempo, para quem buscar aliviar o stress – um pouco de descanso do frenesi de Ibiza.

Como se locomover por Formentera?

Chegando no porto de La Savina, você pode optar por alugar uma scooter, um carro, uma bicicleta ou rodar de ônibus.
A ilha é pequena e as praias têm pouca infraestrutura turística. Vai da preferência de cada um o meio de locomoção que mais agradar. Ela é grandinha se você quiser conhecê-la toda de bicicleta. Então, só alugue uma se sua intenção é ficar por até Ses Illetes mesmo.
A opção menos agradável é o ônibus, pois costumam demorar muito parar passar e vamos combinar que esperar no sol quente não é legal.
Existem táxis na ilha, mas é a opção menos em conta de todas.

Praias

Vá a Ses Illetes! Somente ela já terá valido toda a viagem. Tem restaurantes, cadeiras de praia e aquele mar cinquenta tons de azul indescritível. De cara, é a mais bonita e a que vale passar mais tempo. Ses Illetes é a praia!
Na verdade, por ser uma ilha, Formentera é uma sucessão de pequenas praias que formam uma só, apenas variam os nomes das faixas de areia. As praias do norte da ilha até Ses Illetes, como Es Caval den Borras e Llevant, podem ser acessadas a pé ou de bicicleta, o que facilita muito o passeio e o orçamento.
Já para acessar Cala Salona, do outro lado da ilha,  é preciso descer por uma escada. Tem um restaurante na parte superior e um pequeno bar, que só funcionam na alta temporada.
Es Caló vale a pena a parada pelo restaurante de mesmo nome instalado lá, mas, se tiver pouco tempo, curta as praias. Lembre-se do horário de volta do barco/ferry!
Por fim, a praia Es Pujols, ponto central da ilha, perto do porto, com barzinho pé na areia e onde se encontram a maioria das hospedagens. É onde você você vai encontrar o comércio local e um calçadão cheio de barzinhos, mas lembre-se: Formentera só é Formentera no verão! É quando a magia acontece.
Tenha certeza de que você irá se encantar por Formentera. Então, mesmo tendo as sunset parties, as festas à noite, as after parties, arrume um tempo, abra mão de alguma (ou não!), vá sem dormir, durma no barco, mas não deixe de ir à Formentera!

Curiosidades

Você sabia que Formentera também foi declarada Patrimônio da Humanidade pela Unesco? E que a cristalinidade de suas águas está relacionada a uma planta subaquática que funciona como um depurador natural, mantendo sua beleza? Lugar encantador, programe-se para uma próxima viagem.

segunda-feira, 1 de abril de 2019

Um roteiro completo com os melhores lugares do leste europeu

O leste europeu povoa nosso imaginário de viajante como uma bela alternativa aos roteiros mais conhecidos pela Europa clássica. Os contrastes culturais e as construções imponentes fazem dessa rota um saboroso e rico destino de férias.
No passado, essa área foi palco de intensos conflitos de grandes impérios como o austro-húngaro e o turco-otomano. Sofreu também com as duas grandes guerras mundiais, foi fortemente influenciada pela União Soviética, pela Guerra Fria e pela queda do muro de Berlim.
Todo esse abalo sísmico geopolítico fez renascer países carregados de histórias e cenários interessantíssimos que extrapolam as páginas dos livros de espionagem. Neste post, apresentamos as principais cidades para colocar em um roteiro pelo leste europeu, e damos dicas para planejar a sua viagem. Confira:

Berlim: o futuro que não esquece seu passado


Berlim é uma cidade europeia rica em história.
Apesar de geograficamente ser considerada muito mais “Europa Central” do que a região leste, Berlim costuma encabeçar nossas viagens por esse lado do mapa-múndi.
De todas as grandes capitais do velho continente, talvez só Berlim tenha uma capacidade inata de se reinventar de tantas maneiras diferentes. Depois da unificação da Alemanha e da queda do muro nos anos de 1980, a cidade se transformou na meca dos movimentos culturais de vanguarda e, hoje, tem renovado a cena gastronômica da Alemanha.
Ela é uma cidade tão plural que não cabe em uma única visita, e talvez este seja seu maior trunfo: é preciso mais de uma viagem para conseguir desvendá-la por completo.

Praga: a cidade dos suspiros apaixonados


As paisagens de Praga encantam os turistas.
Praga é uma das cidades mais visitadas do leste europeu, e não é à toa. É quase impossível não cair nos clichês sobre suas belezas e magias.
Uma vez em Praga, deixe-se levar pelos caminhos do centro histórico até seu famoso castelo. Para fotografar seus cenários lindos com pouca gente na rua, coloque o celular para despertar bem cedo e aproveite os cliques na Ponte Carlos, um dos cartões postais mais românticos da República Tcheca, num dos raros momentos em que ela ainda está vazia.

Viena: uma valsa pelas tradições austríacas


A Ópera de Viena, ao entardecer.
Viena é uma das cidades mais clássicas e elegantes de toda a Europa. Com tradicionais bailes de gala e palácios imperiais, ela ganhou fama graças a seus grandes museus (os acervos são incríveis!), sua arquitetura imponente e sua cultura erudita.
Para muitos, isso pode soar como um destino inacessível. Ledo engano! Nas últimas décadas, Viena vem se transformando em uma metrópole vibrante e animada, sem abrir mão do seu passado cheio de valsas e concertos de música clássica, que a fazem ser uma das grandes atrações de um roteiro pelo leste europeu.

Budapeste: iluminada por natureza


A cor amarela chama a atenção na arquitetura de Budapeste.
Amarelo: se Budapeste pudesse ser definida em uma paleta de cores, sem dúvida, os tons de amarelo reinariam soberanos. Principalmente o amarelo ouro que reluz dentro do Parlamento Húngaro e o amarelo escuro que ilumina os principais monumentos históricos às margens do Danúbio e o Castelo de Buda.
A cidade, dividida pelo emblemático rio Danúbio e pelas regiões Buda (centro histórico) e Peste (área mais moderna), é um belo destino do leste europeu cuja arquitetura e história deixam nossos olhares deslumbrados. E também faz a alegria dos fotógrafos profissionais e amadores, principalmente durante as noites, que partem para a Ponte Széchenyi Lánchíd para tentar captar, com suas lentes,lentes, um pouco da beleza húngara.

Varsóvia: caminhando pelas notas tranquilas de Chopin


O centro histórico de Varsóvia é um cartão-postal do leste europeu.
Se, ao pensar na Polônia, as primeiras imagens que aparecem são guetos e frio, é hora de mudar essa chavinha. Apesar do seu passado triste, tanto pela ocupação nazista quanto pela tomada soviética, o país é belo e amistoso.
Embora Varsóvia não renegue seu passado marcante mostrado em filmes clássicos, ela faz questão de mostrar uma faceta jovem, desenvolvida e longe da imagem sisuda mantida pela antiga União Soviética.
Ao percorrer todo seu centro histórico, fica um pouco mais claro porque, apesar de Frederic Chopin ter vivido em Viena e depois em Paris, sua grande paixão sempre foi a cidade de Varsóvia.

Liubliana: dragões e castelos de contos de fada


Paisagem colorida em Liubliana, na Eslovênia.
Impossível pensar na Eslovênia sem uma visita à sua simpática capital, Liubliana. A cidade se orgulha por ser reconhecida como uma das capitais mais verdes da Europa, graças às suas inúmeras iniciativas de preservação do meio ambiente.
Lá encontramos um dos castelos mais antigos do país, o mercado central cheio de coisas saborosas e vários bares de cervejas artesanais, além de muitos prédios históricos que contam o passado nem tão recente do país.

Algumas sugestões de roteiro pelo leste europeu e Europa Central

As combinações de roteiros pelo leste europeu e pela Europa Central são infindáveis. Antes de bater o martelo e fechar seu itinerário, leve em consideração quantos dias que você tem disponível e quais são as melhores formas de se deslocar entre um destino e outro. Essas informações são importantes para definir quanto tempo será preciso para seguir do ponto A ao ponto B e se esse caminho será feito de trem, ônibus, carro alugado ou avião.  
Apesar de também ser considerado como “Europa Central”, a primeira rota que pensamos quando o assunto é leste europeu engloba a trilogia perfeita Berlim – Praga – Viena (com direito a conhecer também Dresden, Český Krumlov e Bratislava). Reserve quatro dias para cada cidade grande e volte cheio de boas recordações na mala.

A cidade de Dresden, na Alemanha, também pode ser incluída em um roteiro pelo leste europeu.
Com mais dias sobrando, a combinação Berlim – Praga – Viena pode receber o acréscimo da imponente capital da Hungria, Budapeste.
Querendo acrescentar um pouco da história simbólica da Polônia nesse caldeirão cultural, coloque Varsóvia e Cracóvia entre Berlim e Praga.
Um roteiro de viagem pelo leste europeu pode seguir ao infinito e além, se expandirmos o mapa para países como a Eslovênia, Croácia, Bósnia e Herzegovina, Sérvia e Montenegro, na região dos Bálcãs, e Romênia, Rússia e Ucrânia, que ficam ainda mais ao leste.

Dicas básicas para planejar seu roteiro pelo leste europeu

A regra essencial para uma viagem perfeita pelo leste europeu é caprichar na fase de planejamento. Dedique um tempo antes do seu embarque para estudar as regiões a serem visitadas e procure conhecer mais sobre seus hábitos e costumes.
Nem pense em viajar sem confirmar todas suas reservas.
Foi-se o tempo em que ficar procurando vaga de hotel em hotel e chegar à estação sem as informações necessárias fazia sentido. Ninguém aqui quer correr o risco de perder o trem ou ficar sem um quarto bacana só porque esqueceu de fazer a reserva, não é mesmo?
Conheça alguém que curta viajar como você