COSTA RICA É PURA VIDA!
Pura Vida! É fácil de entender o porquê do lema de los ticos costariquenhos. Praias tanto no oceano Pacífico como no Atlântico, montanhas vulcânicas, florestas tropicais intactas, corredeiras com águas termais, rios caudalosos. Uma profusão de cenários impera nesse país tão pequeno. Uma combinação perfeita para os amantes da natureza. E, ao homem coube apenas dar uma mãozinha colocando botes para rafting, construindo hotéis em areias quase desertas ou nas matas, instalando cabos para arvorismo e dando um charme especial nas fontes vulcânicas borbulhantes.
Águas termais de Tabacón, aos pés do Vulcão Arenal.
O mais incrível é que toda essa diversidade
cabe numa área de apenas 51 mil quilômetros quadrados, distribuídos gentilmente num estreito
banhado pelo Caribe de um lado e pelo Pacífico do outro. A Costa Rica é um
pouquinho maior do que o estado do Espírito Santo (um dos menores estados do
Brasil) e tem 4% de toda biodiversidade do nosso planeta. Sabiamente, o país
mantém um quarto de seu território como área de preservação ambiental. Além
disso, caminha para ser o primeiro país “carbon free”, ou seja, que não emite
mais carbono do que é capaz de neutralizar com suas florestas e políticas
ambientais. Ao todo são 35 parques nacionais e 8 reservas biológicas. É um país
verde por natureza!
Os tons de verde enchem os olhos no Parque Nacional Vulcão Arenal.
PRAIAS E PARQUES NACIONAIS
De litoral são ao redor de 1200 quilômetros que misturam tons de azul e verde num espetáculo de tirar o fôlego. Do lado do Pacífico, as faixas de areia tem relevo recortado com penínsulas e são acompanhadas por florestas que chegam muitas vezes até a beira da praia, como é o caso dos Parques Nacionais Santa Rosa, Manuel Antonio e Corcovado.
De litoral são ao redor de 1200 quilômetros que misturam tons de azul e verde num espetáculo de tirar o fôlego. Do lado do Pacífico, as faixas de areia tem relevo recortado com penínsulas e são acompanhadas por florestas que chegam muitas vezes até a beira da praia, como é o caso dos Parques Nacionais Santa Rosa, Manuel Antonio e Corcovado.
Os macacos-capuchinhos são figurinhas fáceis nos parques nacionais.
O Parque Nacional Corcovado fica ao sul do
país, na Península de Osa. Ali está a maior floresta nativa da costa do
Pacífico. É como uma pequena Floresta Amazônica costarriquenha repleta de
araras vermelhas e tantas outras espécies animais. O país prioriza o capital
natural em detrimento de outros setores. Aboliu seu Exército em 1949. Gesto
memorável. Nada como celebrar a vida.
Manoel Antonio é um dos parques mais visitados da Costa Rica apesar de ser o menor. Localizado entre o mar e morros arborizados, sua beleza é o principal atrativo. Atualmente, o número de turistas vem sendo limitado para evitar ameaças à fauna local.
Manoel Antonio é um dos parques mais visitados da Costa Rica apesar de ser o menor. Localizado entre o mar e morros arborizados, sua beleza é o principal atrativo. Atualmente, o número de turistas vem sendo limitado para evitar ameaças à fauna local.
Na região de Nicoya do Norte, à noroeste do país fica o Parque Nacional Santa Rosa.
O parque é dividido em duas partes sendo a do sul mais visitada por ter
fácil acesso e ser mais interessante. Pássaros, morcegos, macacos,
aranhas e coatis são algumas das tantas espécies que podem ser vistas
por ali. O setor norte do parque tem acesso difícil feito por
estradinhas estreitas ou de barco.
Mar e florestas se encontram numa sintonia perfeita em Nicoya do Norte.
A Península Papagayo é um dos lugares mais bonitos da costa do Pacífico. Cercada de rochedos que descem até o mar. O hotel Four Seasons é um dos melhores do país e fica num estreito privilegiado tendo a Playa Blanca de um lado e a Virador do outro.
Já, no Caribe, a costa segue uma linha quase
reta. O destaque caribenho fica por conta de Cahuita distante 200 quilômetros
da capital San José (que costumam ser trilhados em mais de 4 horas) e onde está
o Santuário das Preguiças. Um pouco mais abaixo fica Puerto Viejo de Talamanca.
Um vilarejo de alma hippie e espírito boêmio. Essa região teve forte influência
da cultura jamaicana quando foram trazidos muitos negros para a construção de
uma estrada férrea para escoar o café plantado na região. Eles ficavam
confinados nessa região sem poder transitar pelo resto do país. Esse apartheird
existiu até 1949. E, o espírito jamaicano continua vivo nos cabelos rastafáris,
no dialeto patois, na comida e no cachimbo da paz. E, quanto a Puerto Limón…
esqueça. É um porto horroroso.
Bem, apesar do país ser pequeno não é fácil em termos de deslocamento. Do
Caribe ao Pacífico são apenas 120 quilômetros que podem levar muitas horas.
Então, nem pense em ver o nascer do sol no Caribe e o entardecer no Pacífico. As
estradas são muito estreitas, entre cadeias montanhosas, cheias de curvas, e
sem acostamento. Por isso é preciso priorizar o que se quer conhecer ou ter
muito tempo para a viagem. Aviões pequenos, como os da empresa Sansa para 12
passageiros são uma boa saída para se atravessar as cadeias montanhosas
rapidamente. E os preços são razoáveis, em torno de 80 dólares cada trecho.
SAN JOSÉ, UMA CAPITAL SEM ATRATIVOS
O país é lindo. E isso é inegável. Mas, há uma
exceção. A capital San José. Vou ser bem sincera. Que cidade sem graça! Espalhada,
cheia de trânsito, têm locais perigosos (apesar de ter melhorado muito nos
últimos tempos) e nada de atrativos. O centro é tomado por um comércio modesto.
Há poucos pontos de interesse, além do Teatro Nacional e do Museo del Oro
Precolombiano.
O Teatro Nacional é
o prédio que mais se destaca em San José em termos de arquitetura. Foi
concebido em 1890 quando uma grande cantora da época se recusou a cantar
na Costa Rica por não ter um local apropriado. O fato estimulou os
barões do café a financiarem sua construção. O interior é
ornamentado com estátuas e pinturas. A escadaria é toda em mármore.
Dentro do teatro tem um simpático café decorado em preto e branco, em
estilo europeu. Vale uma pausa para um café.
Teatro Nacional.
Salão de entrada do Teatro Nacional.
Mural do Café pintado no teto de um saguão do teatro.
Saindo do teatro e andando uns poucos metros pela Plaza de la Cultura se chega ao Museo del Oro Precolombiano.
Seu acervo conta com belas peças antigas feitas em ouro, mas que ainda
hoje poderiam ser usadas (com algumas pequenas adaptações).
Peça do Museo del Oro.
Guerreiro pré-colombiano enfeitado com adornos de ouro.
Tanto o museu como o teatro ficam na Plaza de la Cultura que é repleta de pombos. Outros pontos de interesse são: Catedral Metropolitana, Parque Nacional, Edifício Correos, Centro de Ciências e Cultura e Mercado Central.
Numa manhã dá para conhecer todo o centro da capital e rumar para o que
o país tem de melhor: seus vulcões, praias, área rural e parques
nacionais.
DICA: Escazu é o bairro nobre de San José. É onde
fica a zona residencial elegante, com shoppings e bons hotéis. Optei pelo hotel
Real Intercontinental que fica em frente ao Multi Shopping, considerado o
melhor da cidade. Mas, claro que não se vai à Costa Rica para fazer compras nem permanecer muito tempo na capital. O
que vale é simplesmente a localização.
Hotel Real Intercontinental.
CURIOSIDADE:
San José nasceu em 1737 e cresceu lentamente até a explosão do café.
Então, desbancou a capital que na época era Cartago e passou à frente
das outras cidades. Os barões do café foram os responsáveis pelo seu
desenvolvimento.
Um passeio interessante perto de San José é o Café Britt. Lá é possível conhecer o modo como é plantado e processado o café na Costa Rica. Essa é a marca de café mais renomada no país e elogiada pelo cuidado com o meio ambiente. O café é orgânico. www.coffeetour.com Leva-se pouco mais de uma hora para chegar e o tour dura ao redor de uma hora, sem refeição. No local tem um restaurante e o pacote pode ser com almoço ou sem almoço, com preços respectivamente de 54 ou 22 dólares.
Um passeio interessante perto de San José é o Café Britt. Lá é possível conhecer o modo como é plantado e processado o café na Costa Rica. Essa é a marca de café mais renomada no país e elogiada pelo cuidado com o meio ambiente. O café é orgânico. www.coffeetour.com Leva-se pouco mais de uma hora para chegar e o tour dura ao redor de uma hora, sem refeição. No local tem um restaurante e o pacote pode ser com almoço ou sem almoço, com preços respectivamente de 54 ou 22 dólares.
Café Britt, o mais conhecido da Costa Rica.
INDICAÇÃO DE HOTEL EM SAN JOSÉ
Real Intercontinental.
Quartos amplos, confortáveis, com cafeteira, claro. Afinal, estamos
falando da capital dos Barões do Café. A academia do hotel é boa. A
piscina e o spa também. Tem três bons restaurantes: japonês, argentino e
internacional. Endereço: Prospero Fernadez Highway, 1000, Escazu. www.realhotelsandresorts.com/rhr/info/en/RICostaRica.aspx
TAXIS EM SAN JOSÉ. Ao chegar na cidade contrate um carro
diretamente com o hotel para busca-lo no aeroporo, uma vez que a cidade
não é lá muito segura. Para andar pela cidade opte pelos taxis vermelhos
que são licenciados pelo governo.
MOEDA. É interessante observar que eles usam tanto a moeda local
COLÓN como o dólar americano. Os dois são aceitos em todos os lugares.
As pessoas costumam ter as duas moedas misturadas na carteira. 1 dólar
vale 500 colóns.
IDIOMA. Espanhol
FUSO HORÁRIO. Três horas atrás do Brasil.
QUANDO IR. É
viável visitar o ano inteiro. No entanto, são consideradas duas
estações do ano bem definidas no país: verão (de dezembro a abril) e
inverno (de maio a novembro). Alta temporada costuma ser nos meses de
dezembro e janeiro. No inverno é mais chuvoso.
COMPANHIAS AÉREAS QUE LEVAM À COSTA RICA. Avianca (via Bogotá), Copa (via Panamá) e American Airlines (via Miami).
COMPANHIAS AÉREAS PARA CIRCULAR PELO PAÍS. Sansa Regional (são aviões bem pequenos para 12 passageiros e que voam baixo. Perfeito para se ver o país). Também tem a Nature Air (mas, como não utilizei não sei como é o serviço).
ALGUMAS DISTÂNCIAS.
San Jose - Liberia: 217 Km - de avião 45 min - de carro 4 horas.
San José - Tamarindo: 274 Km - de avião 50 min - de carro 5 horas
San José - Bahia Drake: 392 Km - de avião 50 min - de carro 8 horas.
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