Em seus 464 anos de existência, a cidade
de São Paulo coleciona supostas assombrações, crimes macabros e até mesmo
milagres.
Com cerca de 12 milhões de habitantes e sendo a 6ª maior metrópole do
planeta, a capital paulistana possui mistérios nunca solucionados
escondidos sob sua aparência cinza e séria, típica da Terra da Garoa. Capela Nossa Senhora dos Aflitos: Erguida em 1779, quando o Brasil ainda era uma colônia de Portugal, a Capela dos Aflitos servia de velório e local de extrema-unção para aqueles que seriam executados no Largo da Forca (atual Praça da Liberdade). Na época, era comum o sepultamento nas regiões periféricas às Igrejas e Capelas, e neste verdadeiro cemitério a céu aberto eram enterrados apenas os marginalizados da sociedade, desde escravos, prostitutas e até mesmo os supliciados, aqueles que eram executados publicamente.
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Chagas foi condenado à forca, porém a corda rompeu 3 vezes, o que fez com que a população entendesse aquilo como um sinal divino e clamaram por Liberdade (é daí que se origina o nome do bairro). Mesmo assim, os executores ignoraram o tal milagre e estrangularam-no com uma tira de couro.
Até hoje, muitos paulistanos consideram Francisco um mártir e o canonizaram como um santo, e na capela dos aflitos é possível ver placas e homenagens agradecendo às graças alcançadas na cela da Capela dos Aflitos onde supostamente ele passou sua última noite.
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Com a chegada da segunda guerra mundial, o governo brasileiro tomou o edifício para si em 1943, e a partir de 1950 a construção entrou em estado de abandono e degradação extrema, se tornando um dos maiores cortiços de São Paulo.
Com o tempo, o Martinelli se tornou um verdadeiro inferno de Dante: em seus andares encontravam-se cabarés, prostíbulos, tráfico de drogas e clínicas de aborto ilegal, e não demorou muito para que o prédio também se tornasse o refúgio de muitos ladrões e assassinos procurados. Nesta época, os elevadores pararam de funcionar, e todo lixo produzido era jogado nos fossos dos elevadores – e o entulho chegou a atingir nove andares! Nove andares de lixo e restos mortais.
Após vários assassinatos ocorridos no local, o governo decidiu restaurar o prédio na década de 70, mas ainda é possível sentir a pesada aura que se instalou no Martinelli até os dias de hoje.
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